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Um pouco de sátira, um pouco de informação e alguns pensamentos...


sábado, 29 de novembro de 2008

1ºBlog 1ºPost

A Ciência e a Arte do Cuidado fundadas pela concepção estética de Florence Nightingale tornam os seus actos e escritos revolucionários no século XX, rompendo com todos os padrões da sua época, família, país e fazendo surgir uma profissão que foi reverenciada por todos. Trazendo à luz a questão sobre "o que a enfermagem deve fazer" esta mulher representa um marco para o desenvolvimento da Enfermagem.

Só tenho pena é que alguns profissionais (aqueles que vão formar o “futuro” da profissão e poucos enfermeiros) ainda vivam no século XX. É necessário dar o salto para o século XIX, é necessário voltar a fazer uma questão com mais de um século de existência: "o que a enfermagem deve fazer"? (o que restar depois de revolvida a polémica da usurpação de funções). Agora mais do que nunca temos que lutar pelo nosso reconhecimento, precisamos de uma nova e actual “Florence Nightingale”. Se não dermos o passo em frente agora, enfermagem não vai passar a ser mais do que uma disciplina morta, não sujeita a evolução. Claro que tudo isto se torna difícil com a actual “death race” ao mercado de trabalho.

Já agora que tal colocar o livro “enfermagem para totós – versão faça você mesmo” no museu (isto é mais um desabafo que terei todo o gosto em postar, em versão completa, daqui a uns meses).

Espero discutir estes e mais assuntos neste blog com o passar do tempo.


Para quem quiser

um pouco de historia:

Florence Nightingale

Museu Florence Nightingale

3 comentários:

  1. A história da Enfermagem não se resume somente a F.N.Existiram outras enfermeiras importantes na história da enfermagem.
    Oficialmente Florence Nightingale (1820-1910) é comummente considerada como "the founder of modern nursing" (Seymer, 1989). Em contrapartida, outros contributos pioneiros para o desenvolvimento e a profissionalização da enfermagem tendem a ser ignorados ou escamoteados pela história oficial. É o caso, por exemplo, de Ethel Bedford Fenwick (1857-1947), um nome que não consta sequer da maior parte das modernas enciclopédias (v.g, Enciclopédia Britânica) e é em grande parte desconhecido da maior parte dos enfermeiros (incluindo os portugueses).

    Mitificada no seu tempo e depois pelas suas continuadoras, elevada à condição de heroína, Florence Nightingale ainda hoje tende a ser vista hoje como tendo uma dupla face :

    Heroína de um "subcultuta ocupacional", ela (i) não é reconhecidamente a primeira; (ii) nem a fundadora da primeira escola de enfermagem; (iii) nem sequer a primeira enfermeira diplomada ( Whittaker e Olesen, 1964).

    O mito da enfermeira como anjo da guarda à cabeceira do doente, protagonizada por Florence , será tipicamente uma construção social do romantismo inglês, em plena época vitoriana. Esta inglesa da upper class (classe alta) ficará conhecida então como "The Lady with the Lamp" e "The Angel of the Crimea" (Woodham-Smith, 1951).

    Tanto Florence como Ethel estão na origem de dois diferentes modelos (e duas ideologias profissionais) de enfermagem, com diferentes implicações tanto na formação como no processo de prestação de cuidados. Nightingale está umbilicalmente ligada ao modelo britânico; Fenwick ao modelo americano.
    VER:http://www.ensp.unl.pt/lgraca/textos63.html

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  2. Antes de mais obrigado pelo comentário, apenas referenciei a F.O. por uma questão de ser mais prático e poder abranger um número maior de enfermeiros com o meu post, disse enfermeiros e não alunos porque (pelo menos onde estudo) no 1º ano, já não me lembro da disciplina, temos que fazer uma “mega” apresentação sobre as figuras mais conhecidas em enfermagem: Ethel Bedford Fenwick, Florence Nightingale, Marie-Françoise Collière, Mariana Diniz de
    Sousa…. Mães… Penso que até chegamos a falar se São João de Deus, mas não tenho a certeza…
    Mais uma vez obrigado pelo comentário e pelas boas vindas á blogosfera.

    Ass: Aluno de Enfermagem

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  3. Provavelmente ninguém reparou, mas é “apenas referenciei a F.N. ” e não “apenas referenciei a F.O. ”

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